Estudo faz correlação entre problemas financeiros e produtividade no trabalho

Pesquisa revela que funcionários com problemas financeiros são mais ausentes

Almejar conquistas na carreira, como aquela sonhada promoção, pleitear um aumento de salário, está ligado diretamente com a produtividade do empregado e a sua presença. Se competência e força de vontade fazem toda a diferença, estar com as finanças pessoais saudáveis também é fundamental. É o que sugere o estudo do Professor William Eid Junior da Fundação Getúlio Vargas – FGV.

O artigo científico, que teve como objeto de estudo os funcionários da fundação, questionou como os profissionais se classificavam de acordo com quatro níveis de estresse financeiro: altíssimo, alto, baixo e baixíssimo. Uma das conclusões é de que há uma relação de um maior nº de faltas entre os funcionários que declararam ter os índices mais elevados, afetando assim, a produtividade deste grupo.

Os colaboradores com mais estresse financeiro procuram mais a chefia em busca de tempo livre, “Possivelmente para resolver seus problemas financeiros” segundo o professor. A tendência fica mais evidente se comparado os funcionários que se classificaram nos dois extremos (altíssimo e baixíssimo estresse financeiro). Dentro do período de um ano, os profissionais que se classificaram com alto índice de estresse financeiro tiveram uma  média 34,59 abonos da chefia ante 14,56 dos menos preocupados.

O professor conclui o estudo com outro dado importante: a relação dos funcionários com altíssimos níveis de estresse e o plano de previdência da instituição. “Vemos claramente que há uma relação direta entre nível de estresse financeiro e filiação ao FGV Previ, com os funcionários com altíssimo estresse apresentando um nível muito baixo de filiação, denotando a falta de planejamento financeiro.”, conclui Eid.