Copa do Mundo e os seus investimentos

O que está acontecendo nessa Copa do Mundo? Seleções consideradas favoritas já voltaram para casa e outras, com pouca tradição no futebol, seguem firmes na competição. Os resultados inesperados a cada jogo estão agitando os bolões mundo afora.

Quanto valia a aposta na vitória da Alemanha contra a Coreia do Sul antes do início da competição? E quanto passou a valer a mesma aposta no intervalo desse confronto, sem nenhum gol marcado, e após a mesma Alemanha já ter perdido para o time do México?

Esse ambiente de incerteza e reviravolta é semelhante ao que o mercado financeiro vive diariamente. Assim como os torcedores realizam seus palpites nos bolões com base em informações como equipe técnica, jogadores escalados e tradição de cada país em campeonatos internacionais, os profissionais do mercado financeiro definem o preço de cada ação por meio de informações disponíveis de cada empresa, mercado de atuação, dirigentes, histórico de vendas e margens de lucros históricas. Além disso, existem fatores externos como acordos comerciais entre nações, taxas de juros e desvalorização cambial com a alta do dólar.


A questão é que nem sempre o esperado é de fato concretizado. Somados todos esses fatores, o preço de cada ativo vai oscilando com o passar do tempo. E, assim como estamos presenciando nesse torneio, conforme as expectativas não vão se materializando, mais os preços vão se alterando. Esse aumento de variação de preços é a chamada “volatilidade”.


Atualmente, estamos observando esse aumento de volatilidade em todo o mercado financeiro, consequência de algumas questões internas como as eleições previstas para o mês de outubro, a recente greve de caminhoneiros e o fim do ciclo de cortes de juros.


Os fatores externos também mexem com os preços dos ativos aqui no Brasil. Um tema que vem assustando os investidores e analistas é a guerra comercial entre os Estados Unidos e a China, adicionando ainda matérias como taxa de juros norte americana, acordo da Argentina com FMI e crescimento econômico na Zona do Euro. Todas essas variáveis em jogo e aumento de incertezas vêm provocando esse nervosismo, mexendo não apenas nos mercados de Renda Variável e Câmbio, mas também no mercado de Renda Fixa.


Nesse sentido, os investimentos realizados pelo Instituto acabaram sendo impactados de alguma forma. Com a expectativa de que essa volatilidade aumentasse, desde o ano passado, o Comitê de Investimentos do Metrus já reduziu de forma expressiva as alocações em bolsa para o Plano I. Desta forma, esperamos encerrar o semestre acima da meta atuarial estabelecida no início do ano, em INPC + 5,49% a.a.


O Plano II, que possui uma exposição em bolsa mais elevada, respeitando as alocações previstas para cada perfil de investimento, apresentou nos meses de maio e junho uma performance menor se comparada ao início do ano, porém estratégias de investimentos realizadas devem levar o Plano II a ter uma rentabilidade próxima ao CDI, ou seja, um retorno ainda satisfatório para o momento conturbado em que vivemos.


Assim como a seleção brasileira está atenta para os próximos jogos e desafios, a estratégia do Metrus permanece voltada para defender os resultados obtidos e aproveitar as oportunidades que surgem para fazer bons investimentos.

 

Nossa seleção joga por você!

Por Fernando Finzi Rosenzweig CFP® e Roberto Godinho CFP®